sábado, 31 de março de 2012

Em companhia de minha fúria

Resenha: Abraçado ao meu rancor


Este é um texto que aborda uma visão realista sobre a cidade de São Paulo: O jornalista João Antonio é chamado para fazer uma matéria sobre o turismo de comércio em São Paulo e diante desta cobertura se depara com muitos problemas sociais na cidade.

Através de uma linguagem acessível, João Antonio, possui um estilo literário e critico em sua obra e sendo o protagonista da história – com diálogos diretos, dando maior existência efetiva à história.

Uma particularidade marcante é sua trajetória pelo centro da cidade de São Paulo, que fez sua análise sobre sua condição social, o envelhecimento do espaço urbano, a pobreza humana e social, campanhas publicitárias enganosas, a imprensa e outras questões. A variação de espaços também se enquadra em suas características no texto, bem como: as redações dos jornais, o centro da cidade, os bares que frequentava o trem lotado entre outras questões...

“Mas o espírito, o mesmo. Dureza, rebordosa, de déu em déu, frio, tropel, sofrência, ô solidão de cimento armado e quando se enfia repressado e se enrosca e se intrinca, cinicamente ou desnorteado e sem solução – transportes, serviços, ainda mais para além da Lapa, no pedaço de Presidente Altino, Jaguaré, Anastácio, Morro da Geada. Quanto e quanto muquifo, ô Deus, e bocada e misere nas beiradas das estações da Sorocabana”.     p 75 

“Um cinismo grosso, um farisaísmo, o papel acetinado, vistoso, encorpado, brilhante, colorido em quatro vezes quatro mostra uma cidade que não existe”.          p. 78

O protagonista do texto, Abraçado ao meu rancor, tem momentos  de questionamentos com seu interior e o real; ao fazer um passeio dentro de si, debulha entre as ruas da cidade e fazendo comparativa a sua juventude. E hoje tem uma visão marginalizada das questões sociais e humanas em relação a cidade de São Paulo, enquanto mais jovem; em sua presente narrativa, vê-se pertencendo à classe média e é algo que lhe aflige por compreender a mudança que status atual sobrepôs suas raízes. 

“Ainda não chiei, azedo; tento manter uma linha que não tenho. Mas hoje me fica difícil suportar esta cidade três dias seguidos. Meus fantasmas vão soltos nas ruas”.     p. 94

Uma situação que causava um grande desconforto pelo narrador é a condição limitada e enganosa que tinha ao conviver sendo jornalista. Inclusive quando seu editor lhe informa que fará a cobertura do lançamento de uma campanha publicitária em São Paulo, sobre o turismo de negócios que a cidade oferece, tendo a necessidade de adaptação de vestuário e linguajar para conseguir apuração dos fatos, situação que o fez sentir desprezível por não compreender como concordou com a condição.


Abraçado ao meu rancor: Antonio, João

domingo, 25 de março de 2012

Homem primata; Capitalismo selvagem

Definição de selvagem: rude, bruto, ignorante. São maneiras pelas quais conduzimos a vida diante do capitalismo, escravos da própria ambição, com um "que" de egoísmo.

O capitalismo sempre esteve superior aos valores éticos e morais, deixando-nos alienados ao poder socieconômico, deixa-nos compreender através de uma comunicação psicológica de que quem comanda o mundo são os burgueses.

Diferente das teorias de Karl Marx, comunista, que favorecia os proletariados, o mundo não convive com este tipo de filosofia, acaba por ser "conto de fadas", hoje, amanhã e sempre.   

Grande mundo selvagem onde quem comanda são os mais fortes, não é nem uma questão física, mas sim econômica e  infelizmente o comunismo se torna somente uma ilusão para aos socialistas; contudo o que faz a econômica girar é o capitalismo.

Esse tal capitalismo é quem define a hierarquia do mundo, quem põe ordem, mesmo sem haver, digamos que na teoria seria isso. É como se fosse um mal necessário, pois sem ele o mundo seria um caos.

O homem continua primata, com sua falta de instrução e até desejo em tê-la, com a ignorância e falta de respeito que são distribuídos a cada esquina e principalmente o comodismo de aceitar suas situações e não reivindica-las.

Por outro lado o capitalismo será sempre selvagem, predominante e quase que sempre beneficia as grandes classes econômicas. 

  

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