Por Adriana Ishikawa
Durante
esse período muitas vidas foram tiradas, uma passagem que abalou muitas
famílias com perdas e repercussões. Entretanto em meio a tantas, uma dessas
mortes emociona o diretor João Batista de Andrade até dias atuais: o
assassinato de Vladmir Herzog, jornalista e seu amigo, morto em uma prisão no
dia 25 de outubro de 1975.
Após
trinta anos, o diretor, João Batista lança o documentário “Vlado, 30 amos
depois”, um filme com aspecto amador e que apresenta uma intensa vontade de
homenagear seu amigo brutalmente assassinado naquela cela, 30 anos atrás. O
filme foi trabalhado com um sentido de nostalgia, com lembranças de Vlado entre
seus amigos e pessoas mais próximas.
Vladmir
era Iugoslavo, foi editor da revista Visão e desempenhou um papel importante
trabalhando para o jornal Hora da Notícia, na TV Cultura e logo começou a
incomodar as autoridades governamentais. Já na ocasião, assassinatos era muito
praticado pelos militares e a captura de um jornalista era como um troféu
erguido, pois eram considerados comunistas e não queriam que a sociedade fosse
contaminada pelas suas informações.
No
documentário, João Batista retrata as perseguições, homicídios e torturas com
intensidade qual foram na época, todo constituído em relatos. Entretanto
no Brasil não houve militar algum que foi julgado pelos seus crimes contra
vários inocentes que morreram e foram martirizados na ditadura. E além de todo
o caos, não se sabe sequer a localização dos vários envolvidos e muitos
documentos jamais expostos para conhecimento populacional.
Vlado
era ideólogo, humano e dócil, segundo sua esposa e seus amigos. Quando tentou
negociar a oportunidade de se entregar, foi torturado e morto em uma prisão e
ainda tentaram forjar um suicídio. Homem que morreu digno de seu caráter, pois
foi assassinado para não entregar seus companheiros.
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