domingo, 30 de setembro de 2012

Vladmir Herzog – O Idealista e ético na década de 70 (resenha: Vlado: 30 anos depois)

Por Adriana Ishikawa


A revolução de 1964 fez com que o país passasse por total censura e repressão por todos os lados, violando todos os direitos humanos. Um marco que durou por mais de 20 anos, com término em 1986.

Durante esse período muitas vidas foram tiradas, uma passagem que abalou muitas famílias com perdas e repercussões. Entretanto em meio a tantas, uma dessas mortes emociona o diretor João Batista de Andrade até dias atuais: o assassinato de Vladmir Herzog, jornalista e seu amigo, morto em uma prisão no dia 25 de outubro de 1975.

Após trinta anos, o diretor, João Batista lança o documentário “Vlado, 30 amos depois”, um filme com aspecto amador e que apresenta uma intensa vontade de homenagear seu amigo brutalmente assassinado naquela cela, 30 anos atrás. O filme foi trabalhado com um sentido de nostalgia, com lembranças de Vlado entre seus amigos e pessoas mais próximas.

Vladmir era Iugoslavo, foi editor da revista Visão e desempenhou um papel importante trabalhando para o jornal Hora da Notícia, na TV Cultura e logo começou a incomodar as autoridades governamentais. Já na ocasião, assassinatos era muito praticado pelos militares e a captura de um jornalista era como um troféu erguido, pois eram considerados comunistas e não queriam que a sociedade fosse contaminada pelas suas informações.

No documentário, João Batista retrata as perseguições, homicídios e torturas com intensidade qual foram na época, todo constituído em relatos. Entretanto no Brasil não houve militar algum que foi julgado pelos seus crimes contra vários inocentes que morreram e foram martirizados na ditadura. E além de todo o caos, não se sabe sequer a localização dos vários envolvidos e muitos documentos jamais expostos para conhecimento populacional.

Vlado era ideólogo, humano e dócil, segundo sua esposa e seus amigos. Quando tentou negociar a oportunidade de se entregar, foi torturado e morto em uma prisão e ainda tentaram forjar um suicídio. Homem que morreu digno de seu caráter, pois foi assassinado para não entregar seus companheiros.




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